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Igreja/Media: «Seria muito estranho se, depois da Jornada Mundial da Juventude, tudo continuasse como antes» – Isabel Figueiredo

Jornadas Nacionais de Comunicação Social abordam impacto e desafios deixados pela JMJ

(agencia.ecclesia.pt).-A diretora do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais (SNCS), Isabel Figueiredo, disse à Agência ECCLESIA que a experiência “única” da JMJ Lisboa 2023 inspira todos a “olhar para o futuro”, reforçando o papel dos jovens no campo mediático.

“Seria muito estranho se, depois da Jornada Mundial da Juventude, tudo continuasse como antes, tanto do ponto de vista pastoral como na comunicação”, refere a responsável, a respeito das próximas Jornadas Nacionais de Comunicação Social.

A iniciativa, organizada pelo SNCS, vai decorrer na Domus Carmeli, Fátima, entre quinta e sexta-feira, com o tema “Geração 2023, todos ligados: e a Igreja?”.

A diretora do organismo admite que há um “enorme risco” de ver “esvaziar” o entusiasmo da JMJ Lisboa 2023, apelando ao compromisso da comunicação eclesial para evitar que isso aconteça.

“Temos a obrigação de estar atentos, a nível nacional e local, para trazer às pessoas a lembrança do que vivemos, não pode desaparecer”, sustenta.

Isabel Figueiredo recorda a “multidão de jovens” que esteve a trabalhar na JMJ, também na área da comunicação, que “passaram o seu olhar, a sua forma de estar”.

“Queremos trazer isso para a Jornadas Nacionais e ver como queremos continuar este caminho, daqui para a frente, na Comunicação Social”, aponta.

A diretora do SNCS defende uma “coexistência de gerações”, sublinhando a necessidade de cativar os mais novos para o trabalho da comunicação.

“Queremos estar com os jovens, ouvir os jovens, conversar com eles”, declara.

A responsável admite que as novas gerações estão mais motivadas para trabalhar “a comunicação empresarial, estratégica, de marketing” do que a comunicação da Igreja.

Foto: JMJ Lisboa 2023

“Não podemos permitir que a comunicação da Igreja, na Igreja e sobre a Igreja apenas aconteça quando vivemos escândalos”, adverte, convidando a intervir na sociedade “de uma forma positiva, evangélica, natural”.

“Se a Igreja está viva, temos de a comunicar”, acrescenta Isabel Figueiredo.

As jornadas começam com uma conferência do secretário do Dicastério para a Comunicação (Santa Sé), mons. Lucio Ruiz, sobre o tema “Geração 2023: Escutar para comunicar” e terminam com a apresentação do tema “Todos ligados: Jovens em comunicação com e nas instituições”, por Diogo Belford, da agência de comunicação Cunha&Vaz.

O programa inclui ainda dois painéis para projetar a comunicação a partir da apresentação e do debate com jovens.

“Jovens em comunicação: experiências e futuro” é o tema do painel que decorre entre as 17h00 e as 19h00 do dia 21, contando com a participação de colaboradores na área da comunicação de três COD (Comité Organizador Diocesano) da JMJ, do WYD Don Bosco 23, Magis e do projeto 3 Milhões de Nós.

“O país inteiro movimentou-se e é impossível perder essa riqueza”, refere a diretora do SNCS.

O segundo painel tem por tema “Jovens em comunicação: conteúdos e canais” e vai debater as potencialidades das redes sociais, dos evangelizadores digitais, do podcast e das transmissões em direto.

O programa da edição 2023 das Jornadas Nacionais de Comunicação Social, assim como as indicações de participação e inscrição estão disponíveis online.

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