“A digitalização da economia está criando condições precárias de trabalho em todo o mundo», alerta o Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos.
Condições precárias
(vaticannews.va).-“A digitalização da economia está criando condições precárias de trabalho em todo o mundo. Por outro lado, 60% das pessoas trabalham no setor informal: sem segurança social, sem direitos trabalhistas e salários baixos”, refere o texto divulgado pela organização, este ano redigido pelos trabalhadores católicos da Alemanha.
A mensagem sublinha que o trabalho é um elemento “indispensável da dignidade humana”, denunciando que “milhões de pessoas não têm trabalho para alimentar a si e às suas famílias”.
“A mecanização, automatização e digitalização não devem levar à exclusão de milhões de pessoas”, adverte o MMTC. A organização denuncia ainda a exploração dos recursos naturais, que “causa danos irreparáveis e condições de trabalho desumanas”.
Salário mínimo justo e sustentável
O movimento exige “trabalho para todos e salários decentes no mundo digital”, apelando à União Europeia para a criação de um “salário mínimo justo e sustentável”.
“As empresas que operam globalmente devem estar legalmente obrigadas pelos governos a aplicar os direitos laborais e os padrões de salário mínimo nas suas cadeias de produção”, acrescenta o texto.
A Igreja Católica celebra desde 1955 a festa litúrgica de São José Operário, a 1º de maio, como forma de associar-se à comemoração mundial do Dia do Trabalhador, uma decisão do Papa Pio XII.